Era uma vez uma turma de 304 alunos da Emeb Joaquim Norberto de Toledo e do Colégio Poliedro que foi até o Espaço Artístico Clarice Zezza Matarazzo embarcar numa incrível viagem literária. Assim começa esta história real, escrita na última sexta-feira, 18, pela Prefeitura de São Pedro e pela Grupo Tricotando Palavras.
Crianças do 1º ao 3º ano do Ensino Fundamental participaram da contação de histórias de dois contos da cultura popular: “A Madrasta Meméia” e a “Flauta do Tatu”, e presenciaram palavras saltando do papel, num tear de fios ganhando forma com o desenrolar das aventuras narradas e musicadas por artistas "tricotadeiras". O projeto é uma iniciativa da Coordenadoria de Cultura de São Pedro, por meio da Biblioteca Gustavo Teixeira, em parceria com a Secretaria de Educação.
“Essa história começa em 2010, quando me inspirei em minha mãe fazendo tricô e crochê. Daí pensei: por que não tricotar palavras, unindo e entrelaçando seus fios e dando sentido a elas?, relembrou Ana Paula Gonçalves, idealizadora e contadora de histórias do Tricotando Palavras, que gostou bastante da experiência com os alunos da rede municipal de São Pedro. "Eles interagiram e se emocionaram bastante", acrescentou ela, que se define como uma "menina que vive com a cabeça pra lá do mundo da Lua".
“A Prefeitura [de São Pedro] está de parabéns por promover essa oficina contação de histórias, que estimula nos alunos a troca de afetividade e o interesse pela leitura”, elogiou Ana, acompanhada de Carol Lorac, que moldou o destino da narrativa, aguçando as emoções a partir das cordas de seu violão.
A professora da Emeb Joaquim Norberto de Toledo, Vanessa Cotti, também aprovou a iniciativa. “Achei muito interessante, pois motivará os alunos a frequentarem mais a biblioteca e, quem sabe, tomarem gosto pela leitura”, disse.
A Madrasta e o Tatu
Na “Flauta do Tatu”, da escritora Ângela Lago, a história gira em torno do prato predileto de uma onça: a sopa de tatu. O tatu, então, inventa uma canção para cantar e ridicularizar a onça, em sua cara, pelo fato dela só gostar de sopa por ser banguela. Até que um belo dia o felino se irrita e decide ir até a toca do tatu tomar satisfação.
No conto de Silvana Salermo, a “A Madrasta Meméia”, as pequenas Juliana e Mariana sofrem com uma madrasta má, que diariamente obriga as duas irmãs a vigiarem uma figueira para que os passarinhos não biquem as frutas. Certo dia, porém, após uma das frutas da árvore amanhecer picada, as duas pequenas irmãs vão comer o capim pela raiz e acabam sendo descobertas por um jardineiro.
Créditos das fotos: Daniel Machado/Prefeitura de São Pedro