Investimento do município representa 27,85%, quase o dobro do previsto pela legislação
Entre janeiro e agosto deste ano, os recursos aplicados na saúde em São Pedro somam R$ 24,6 milhões. Deste total, 27,85% são oriundos de verbas municipais, número próximo ao dobro dos 15% exigidos pela legislação. O maior volume, R$ 16,1 milhões, foi destinado para assistência hospitalar, seguido pela atenção básica, que recebeu R$ 7,9 milhões. Os dados foram apresentados em audiência pública realizada na Câmara Municipal, no dia 30 de setembro.
A apresentação feita pelo coordenador da Atenção Básica, Leandro Carneiro Sanches, mostra outros dados relevantes, como o número de consultas de clínico geral, ginecologia e pediatria realizada nos oito primeiros meses do ano: foram 31.747 ou média mensal de 3.968. As especializadas, realizadas na Umis e no Caps, somam 31.747, média mensal de 2.394. Já as de urgência e emergência, realizadas na UPA, foram 42.410, média mensal de 5.301. Há ainda as consultas feitas na Santa Casa, que somaram 14.750, média mensal de 1.844.
As visitas feitas pelos agentes comunitários de saúde que atuam no Programa de Saúde da Família em várias Unidades Básicas de Saúde foram 22.450, as feitas por técnicos e auxiliar de enfermagem, 705 e as visitas de médicos, 281.
Há ainda pacientes da rede municipal de saúde de São Pedro que foram atendidos em serviços de referência, como os Ames, por exemplo. Neste item, foram realizadas em oito meses 4.082 consultas. Entre as cirurgias realizadas neste período fora do município destacam-se sete 7 cirurgias cardíacas e 1 transplante de fígado. Para o serviço de hemodiálise são encaminhados 20 pacientes por semana e para quimioterapia e radioterapia,16 pacientes por semana.
O atendimento odontológico teve agendado 10.312 consultas nos oito meses, mas 2.164 pacientes, o equivalente a 20,99%, não compareceram. Na Farmácia municipal foram atendidos 75.689 pacientes, média de 9.461 por mês, com a dispensa de quase 5 milhões de itens. Na Farmácia de alto custo, os atendidos são 12.859, média mensal de 1.607.
APOIO – Os serviços de apoio também representam grande volume de atendimento. Na fisioterapia, foram 18.925 atendimentos, média mensal de 2.365. Os exames de radiografia, ressonância, tomografia, mamografia, colonoscopia, endoscopia e ultrassom, somam 8.735 e os exames laboratoriais, 66.674, média mensal de 8.335.
COMBATE À DENGUE – Na apresentação, o coordenador da Atenção Básica falou da importância de todos combaterem o mosquito Aedes aegypti, causador da dengue, chikungunya e zika. “São Pedro passou de um caso confirmado de dengue em 2018 para 149 este ano. A situação é bastante preocupante em todo o país e é esperada uma epidemia, por isso é responsabilidade de todos realizar medidas para evitar a proliferação do mosquito”, disse.
Na audiência foram apresentadas as ações da Vigilância Epidemiológica contra a dengue, como os 2.071 bloqueios contra criadouros, 596 bloqueios com nebulização, 11.883 visitas a imóveis e 46 toneladas de inservíveis recolhidas nos Catacacareco.
Como destacou Sanches, a responsabilidade pela eliminação de criadouros não é da Secretaria da Saúde, mas de todos, que devem adotar rotinas para eliminar os criadouros dos mosquitos nas residências, principalmente em quintais e na época de chuva constante e sol forte.
Dados do Ministério da Saúde indicam que, no Brasil, foram notificados, de dezembro 2018 a agosto deste ano, 1.439.471 casos, contra 205.791 do ano passado. No Estado de São Paulo foram 437.047 contra 11.465 casos em 2018.
Pesquisas indicam também que 94% dos criadouros do mosquito causador da dengue, que pode matar, estão nas residências, principalmente nos pratos de vaso com água, ralos externos abertos, calha entupida, inservíveis guardados de forma inadequada, entre outros.