Ser uma pessoa com deficiência, não significa por si só, que ela apresente maior vulnerabilidade à Covid-19, mas como há entre essas pessoas um grupo de risco que compreende as que apresentam sequelas graves, com restrições respiratórias, dificuldades na comunicação e cuidados pessoais, aquelas com condições autoimunes, as pessoas idosas (acima de 60 anos), as que apresentam doenças associadas como diabetes, hipertensão arterial, doenças do coração, pulmão e rim, doenças neurológicas e aquelas em tratamento de câncer, a Secretaria Estadual da Saúde dá orientações específicas para este grupo.
Algumas medidas como o distanciamento social e isolamento pessoal podem ser impossíveis para quem requer apoio para comer, vestir-se e tomar banho, por isso, o recomendado é que neste grupo alguns cuidados e medidas sejam reforçados como higienização frequente das mãos com água e sabonete (durante 30s) ou álcool gel a 70%; adoção da “etiqueta respiratória” quando possível - cobrir a boca e nariz com um lenço de papel quando tossir ou espirrar e descartar o lenço usado no lixo; caso não tenha disponível lenço descartável, tossir ou espirrar no antebraço e não nas mãos, que são importantes veículos de contaminação; higienizar as mãos com frequência e sempre após tossir ou espirrar; evitar tocar nos olhos, nariz e boca sem ter higienizado as mãos; usar máscara cirúrgica se estiver com coriza ou tosse.
Outras recomendações incluem a restrição de contato social, exceto cuidadores e profissionais de saúde, quando necessário; evitar aglomerações, viagens e atividades em grupo.
Os cuidados com a higiene pessoal, especialmente das pessoas com deficiência intelectual e motora com alto grau de dependência devem receber atenção redobrada.
Para a higienização de cadeiras de rodas, bengalas, andadores e outros meios de locomoção, o recomendado é promover a limpeza com água e sabão ou álcool líquido a 70% uma vez ao dia e sempre após deslocamento externo;
Cuidados Especiais - Pessoas com deficiência com quadro neurológico e idosos podem apresentar sintomas específicos associados à infecção pelo coronavírus como piora brusca no quadro geral de saúde, perda de memória e/ou confusão mental, perda de mobilidade e força, fadiga repentina. Nestes casos, é preciso procurar serviço de saúde mais próximo do local de residência.
As pessoas com deficiência do grupo de risco em uso de medicamentos, não devem interromper o uso regular dos remédios a não ser por ordem médica. O uso de medicamentos imunossupressores pode elevar o risco da pessoa com deficiência contrair a infecção. Nestes indivíduos, as medidas de prevenção devem ser redobradas.
No material elaborado pela Secretaria Estadual da Saúde e pela Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência há também recomendação para os cuidadores e profissionais de saúde, que caso apresentem sintomas devem evitar contato com a pessoa com deficiência e devem utilizar EPI (equipamento de proteção individual) para proteção de gotículas e contato durante o atendimento a pacientes com sintomas respiratórios.