Em comemoração ao Dia Mundial da Água, celebrado no dia 22 de março, centenas de alunos da rede municipal de São Pedro desenvolveram diferentes atividades no decorrer da semana para tratar do uso racional da água. Na escola do ensino infantil Professor Joaquim Norberto de Toledo, 19 crianças, da turma do 1º ano B, saíram pelas ruas da cidade para pedir aos adultos que cuidem do seu “tesouro”, representado por uma gota de água feita de papel.
Antes de deixarem a unidade, os alunos da professora Doralice Campos Costa Zinni deram uma aula de conscientização sobre o consumo e as consequências do desperdício da água. “A mamãe não pode ficar lavando o quintal todos os dias e deixar a torneira aberta. Também pode demorar muito tempo do chuveiro”, explicou Letícia Prado, de 6 anos.
Para Marco Antonio Romera, 6, que é filho de um cantor, o recado também foi dado: “Para não gastar água, o meu pai não pode cantar no chuveiro. Ele só pode cantar na praça, em cima do palco ou no coreto”, alertou o menino.
Quem também falou sobre o assunto foi o aluno Pedro Henrique Braga, de 6 anos. “A minha mãe estava escovando os dentes e depois tomar banho. Aí ela esqueceu a tornei aberta e eu dei uma bronca, porque eu já sei tudo, e tenho que ensinar para ela”, contou ele.
Com um baú cheio do “tesouro”, as crianças percorrem alguns quarteirões da área central da cidade, entrando em comércios como farmácia, papelaria, perfumaria, para pedir a colaboração das pessoas. Ao entregar as gotas guardadas em um baú, elas perguntavam: “Você cuida do nosso tesouro, que é a água”?
Surpresos como a iniciativa, donos de lojas, funcionários e diversas pessoas que foram abordadas na rua e na praça Gustavo Teixeira deram respostas positivas às crianças. “Pode deixar que eu vou cuidar com muito carinho do tesouro de vocês. Eu também preciso desse tesouro para viver”, disse uma comerciante.
Depois de várias abordagens, as crianças voltaram para escola para dar continuidade ao tema. “Os alunos estão muito conscientes sobre como economizar a água. Todos os dias eles contam alguma coisa que aconteceu em suas casas, e das broncas que dão aos pais. Eles dizem que os pais são os bebês, e são eles que ensinam agora”, contou a professora Doralice.
