O município de São Pedro irá participar da Semana Estadual de Prevenção da Leishmaniose Visceral Americana (LVA), que este ano tem o tema: Leishmaniose: Mobiliza-Ação para Prevenção. As atividades acontecem de 5 a 10 de agosto. O objetivo é mobilizar a sociedade e promover ações de prevenção da doença, que pode causar óbito em humanos e animais. Haverá distribuição de folhetos explicativos com orientações sobre a doença em todas as unidades públicas de saúde, além das casas de rações, petshops e clínicas veterinárias.
Na segunda-feira, 5, os funcionários do Controle de Vetores participaram da videoconferência "Leishmaniose: Mobiliza-Ação para Prevenção", promovida pela Secretaria de Estado da Saúde. A proposta é levar conhecimento sobre a doença e abordar temas como a situação epidemiológica da Leishmaniose Visceral Americana no Estado, o diagnóstico e o tratamento da doença e controle de vetores.
Mesmo sem registro da doença em humanos, em São Pedro, já foram identificados 111 casos positivos da doença em cães desde 2007. “Essa doença está presente no Estado de São Paulo desde 1998. É causada por um parasito denominado Leishmania chagasi e transmitida para cães e pessoas pelo vetor Lutzomyia longipalpis, um inseto flebotomíneo conhecido como mosquito palha”, explicou Matheus de Melo Murbach, veterinário do Controle de Vetores.
A LVA humana é uma doença crônica, caracterizada por febre de longa duração, perda de peso, fraqueza, anemia e crescimento do baço, dentre outras manifestações. Quando não tratada, pode evoluir para óbito em mais de 90% dos casos. Os cães infectados pelo parasito podem adoecer logo ou demorar meses para apresentar sintomas. Todos os cães infectados, mesmo aqueles sem sintomas aparentes, são fonte de infecção para o inseto transmissor, e, portanto, um risco à saúde de todos.
“O controle da LVA é um desafio de todos. É importante que cada cidadão mantenha o quintal limpo de folhas, folhagens, frutas caídas, troncos podres e fezes de animais, para evitar a criação e proliferação do inseto vetor. Deve-se ainda, manter galinheiros, chiqueiros e abrigos de animais afastados da casa e sempre limpos. É recomendado colocar telas finas em janelas e portas da casa, manter a saúde e higiene dos animais, utilizar coleiras repelentes de insetos, além de não permitir que o cão fique solto nas ruas”, alertou o veterinário.