São Pedro, através do grupo Escravo Liberto, participou com roda de capoeira de evento que aconteceu em todo o mundo
Um reconhecimento merecido pela sua história. A roda de capoeira passou a ser Patrimônio Imaterial Cultural da Humanidade. O anúncio ocorreu nesta quarta-feira, dia 26, em Paris, pela Unesco (Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura).
Em comemoração pela conquista, vários grupos de capoeira fizeram um evento no dia em diversos locais do mundo. Em São Pedro, o Grupo Escravo Liberto reuniu seus capoeiristas, além dos convidados de grupos de Rio Claro, São Carlos e Cordeirópolis que participaram da roda montada na Feira do Produtor.
“Para nós é um grande dia. Este reconhecimento nos torna, como mestres, embaixadores da capoeira. Isso nos engrandece e nos contagia com muita alegria”, destacou Mestre Cléo, do Grupo Escravo Liberto. Este evento não reuniu apenas os capoeiristas, mas reuniu uma nação, que mostrou através da sua arte a importância e o valor da história”, continuou.
Cléo agradeceu a primeira dama, Carmem Lucia Zanatta, pelo apoio ao evento. “É uma forma de excluir o preconceito. Tendo a oportunidade de mostrar nossa arte, a população são-pedrense também pode se orgulhar de ter participado deste momento histórico mundial”, finalizou.
HISTÓRIA - A capoeira foi criada pelos escravos brasileiros. Com a vinda dos africanos, principalmente de Angola, para as fazendas brasileiras, eles trouxeram uma dança, que adaptada pelos escravos do Brasil, foi transformada em complemento entre luta e arte, disfarçando como arte marcial e um instrumento importante da resistência cultural e física dos escravos, já que os senhores de engenhos proibiam qualquer tipo de prática de luta.