Entre setembro e dezembro de 2014, a Secretaria Municipal de Saúde de São Pedro realizou 37.724 consultas e 26.941 exames em todas suas unidades de saúde: Umis (Unidade Mista de Saúde), UBSs (unidade Básica de Saúde) São Dimas e Santo Antônio e PSFs (Programa de Saúde da Família) Alpes e Bela São Pedro. O total destinado à saúde no terceiro quadrimestre de 2014 foi de R$ 17,7 milhões, o que representa 23,29% das receitas do município. Pela legislação, o município é obrigado a investir 15% da receita em saúde, mas os recursos próprios do município garantiram investimento de R$ 4,3 milhões além do que prevê a lei. Os números foram apresentados nesta quinta-feira em audiência pública realizada na Câmara Municipal.
A secretária municipal de Saúde e Desenvolvimento Social, Miriam de Souza Silva, destacou que entre as prioridades da pasta estão a descentralização do atendimento e o fortalecimento da atenção básica. Para isso são desenvolvidas políticas que incluem levantamento de dados que garantem melhora de resolutividade, cadastramento de todos os usuários da rede, busca de recursos, qualificação dos recursos humanos e execução de premissas estabelecidas pelo SUS. “Trabalhar em cima de todos esses processos vai garantir melhora na qualidade do atendimento”, afirma a secretária, que foi à Câmara acompanhada do coordenador de Atenção Básica, Leandro Sanches Carneiro e da coordenadora de Vigilância em Saúde, Gislene Nicolau dos Santos.
A secretária apresentou também um balanço dos primeiros três dias de funcionamento da UPA (Unidade de Pronto Atendimento), que começou a atender ao público na segunda-feira, dia 23. Na segunda-feira, em 17 horas de atendimento, no período das 7h à meia-noite, foram atendidas 283 pessoas. No dia 24, em 24 horas de atendimento, foram 204 pacientes e no dia 25, também em 24 horas de atendimento, 218 pacientes. A capacidade da UPA é para atender 150 pessoas por dia. “Ainda há dificuldade para distinguir o atendimento de urgência e emergência. Queremos reforçar o atendimento na atenção básica para que a pessoa faça o acompanhamento de alguns diagnósticos na unidade próxima de casa”, afirmou a secretária.
Outro ponto destacado na prestação de contas é o alto índice de faltas, que em alguns serviços como fonoaudiologia e terapia ocupacional, por exemplo, chegam a 40%. Quando o paciente marca consulta recebe um papel com a data e horário do atendimento.
Na Umis, local em que acontecem as consultas de especialidades, foram realizadas 31.158 consultas médicas e 36.365 consultas de enfermagem. O índice de faltas em consultas médicas foi de 8,76%. O Centro de Saúde Bucal também registrou alto índice de faltas no período: 29,2% de um total de 690 atendimentos realizados.
O presidente da Câmara, Alex Siloto, disse que a população precisa se conscientizar para diminuir o grande número de faltas. “A falta prejudica outros pacientes que ficam sem atendimento”, afirmou. Também acompanharam a audiência os vereadores Carlos Alberto Oliveira, o Du Sorocaba, Adilson de Jesus, o Branco e Elias Candeias.
Questionada por munícipes sobre a qualidade do atendimento em algumas unidades e na Santa Casa, a secretária Miriam disse que a melhora da qualidade é meta da secretaria. “Trabalhar o lado humanizado do atendimento também faz parte de nossas metas”, afirmou Miriam.