[caption id="attachment_5746" align="alignnone" width="300"] Arrastão realizado em 2014[/caption]
Para barrar o avanço do número de casos confirmados de dengue em São Pedro – foram 24 do início do ano até agora, a Secretaria Municipal de Saúde e Desenvolvimento Social programou para este sábado, dia 14, a nebulização de locais com grande concentração de público, como a Escola Benedito Modesto de Paula, a Umis (Unidade Mista de Saúde), a UBS (Unidade Básica de Saúde) São Dimas e o Cemitério. A Santa Casa já passou pelo processo na terça-feira, dia 10. Também será realizado arrastão para o recolhimento de materiais que podem ser transformados em criadouro do
Aedes aegypti nos bairros Jardim São Pedro, Recanto e São Judas no dia 21 de março.
As ações complementam outras já realizadas pela equipe da Vigilância Epidemiológica para impedir a proliferação da dengue, como os bloqueios feitos em locais em que há confirmação de casos. Nesta situação, a casa da pessoa e a vizinhança passa por vistoria, aplicação de produtos que matam as larvas e orientações para impedir a criação de novos criadouros.
No caso da nebulização, o principal objetivo é matar os mosquitos transmissores da dengue. Veterinário da Vigilância Epidemiológica, Matheus de Melo Murbach, explica que a nebulização é um processo semelhante à dedetização. Após a equipe passar pelos locais, é preciso esperar um período de 20 minutos e por isso a nebulização será feito no sábado. Apenas em caso de chuva a ação precisará ser reagendada.
A Vigilância Epidemiológica também prepara arrastões para recolher entulhos que podem se transformar em criadouros do mosquito. A ação está programada para o dia 21, sábado, nos bairros Jardim São Pedro, Recanto e São Judas.
Os bairros com maior número de ocorrências da doença provocada pelo mosquito
Aedes aegypti são São Judas e Jardim São Pedro.
Responsável pela Vigilância em Saúde no município, Gislene Nicolau dos Santos explica que a responsabilidade de manter locais limpos é de todos.“Na maioria das casas encontramos focos. A população precisa estar alerta e cuidar bem dos espaços para evitar a transmissão. Mesmo em casos de vasilhas vazias, é preciso lavar bem com bucha e sabão para evitar a proliferação das larvas e os ovos, que podem durar até dois anos”, disse.
Para alertar sobre os perigos da doença, a Saúde fez distribuição de folhetos de orientação em fevereiro e no ano passado promoveu arrastões e nebulização de bairros com maior incidência de casos. “É preciso reforçar que cada um é responsável por manter seu quintal limpo. Se todos fizerem a sua parte, a situação fica sob controle”, disse Gislene.
O início do ano, por conta das chuvas e de altas temperaturas, é o período de maior transmissão da dengue em todo o país. O primeiro balanço do Ministério da Saúde de 2015 registrou um aumento de 57,2% dos casos notificados no mês de janeiro, comparado ao mesmo período do ano passado. Foram 40.916 notificações no primeiro mês de 2015, contra os 26.017 em janeiro de 2014.
O coordenador do Programa Nacional de Controle da Dengue do Ministério da Saúde, Giovanini Coelho, ressaltou que cerca de 70% dos focos do mosquito
Aedes aegypti estão em residências. “Em 15 minutos semanais é possível fazer uma vistoria em casa e acabar com qualquer possível criadouro do mosquito. Toda a vizinhança precisa se engajar no combate ao mosquito”, convocou Giovanini. O coordenador alertou também para o hábito das pessoas de estocar água em casa, especialmente neste período de estiagem. “Acumular água em casa sem proteção, sem que os vasilhames estejam corretamente fechados, facilita a reprodução do mosquito transmissor da dengue”, ressaltou o coordenador, lembrando que não pode deixar também de considerar os outros fatores de risco para a procriação de mosquitos, como calhas, pneus, brinquedos, caixas d’água destampada, vasilhas de água para animais.