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OUT
10
10 OUT 2019
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Parque do Voo Livre é finalizado e será inaugurado nesta sexta-feira
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Sonho antigo dos amantes da atividade de voo livre em São Pedro, é inaugurado para oferecer mais conforto e segurança para turistas e são-pedrenses. O Parque Municipal de Voo Livre “Celso Gonçalves Fonseca”, será inaugurado nesta sexta-feira, dia 11, às 16h, pela Prefeitura de São Pedro, por meio da Secretaria de Turismo, Cultura, Esportes e Lazer.

Localizado na rampa leste no alto da serra, a área conta com uma infraestrutura que abriga um mirante no piso superior, lanchonete, sanitários masculino, feminino e acessível, além de sala para administração com varanda e pergolado no piso inferior.

“São Pedro é reconhecida no cenário nacional pela prática desta atividade que movimenta a economia da cidade em todos os fins de semana do ano”, avalia a secretária de Turismo, Cultura, Esportes e Lazer, Clarissa Quiararia.  Para ela, a criação do parque é um passo importante para fortalecer ainda mais esta atividade turística no município.

A transformação do local vai permitir, ainda, a regulamentação do uso da rampa, priorizando a segurança dos praticantes da atividade e das pessoas que gostam de assistir.

“O prefeito Helinho Zanatta assinou decreto que oficializa a permissão de uso por parte do Clube São Pedro de Voo Livre, das rampas do município denominadas Leste e Sudoeste ou Rampa do Cristo. Estamos muito felizes com a notícia e agradecemos a todos que se empenharam para que isto acontecesse. Com essa permissão, o clube terá condições legais de cuidar e administrar suas áreas com base em seu estatuto e preservar a imagem do município, prezando, acima de tudo, pela segurança dos associados e da comunidade do voo e dos turistas que vem voar conosco”, destacou Glaucio Bacchin, presidente do Clube São Pedro de Voo Livre, hoje com 180 sócios.

"Outra conquista do clube e do município, é que trará conforto para todos frequentadores do alto da serra. Ressaltamos que o mais importante é podermos, legalmente, exigir dos pilotos frequentadores, locais ou visitantes, a documentação necessária para execução do seu voo com segurança para ele e para todos”, garantiu Glaucio.

“O aerodesporto não é só lazer, traz com ele uma série de outras atividades e sensações que só os esportes aéreos podem proporcionar. Fomento da cultura aeronáutica, respeito a natureza, autoconhecimento do praticante em todas as rotinas da prática, desenvolvimento intelectual e emocional, além é claro de toda liberação de adrenalina e hormônios que nos fazem muito bem. Por outro lado, traz para a cidade cada vez mais turistas que consomem de hotéis a postos de gasolina”, disse Ronaldo Novoa, instrutor de voo livre e conselheiro do clube.

São aproximadamente 100 pilotos por final de semana que vem para São Pedro colorir os céus da cidade. “A infraestrutura contemplada na construção do Parque, através de recursos do DADETUR, atrai mais turistas amantes de aventura, já que o voo livre em São Pedro é um diferencial na região Serra do Itaqueri. É importante dizer que o Clube São Pedro de Voo Livre possui todas as regulamentações exigidas pela lei e isso o torna apto para fiscalizar a atividade em nossa Estância”, garantiu Clarissa.

O parque foi criado através da Lei nº 3.474, de 19 de agosto de 2015, aprovada pela Câmara Municipal de Vereadores. O investimento de quase R$ 660 mil foi executado com recursos do DADETUR (Departamento de Apoio ao Desenvolvimento dos Municípios Turísticos).

Nascido em 06 de novembro de 1944, em Itaqueri da Serra- SP, filho de Manoel de Moral Gonçalves e Leontina Fonseca Gonçalves; teve quatro irmãos: Diva, Renato, Ivone e Loraci. Foi criado junto de seus irmãos na Fazenda Palmeira, de seu pai, no alto da Serra do Itaqueri, sempre trabalhando junto aos seus, na lavoura.

Seus sonhos com as alturas começaram cedo: quando completou idade para o alistamento militar, o fez de livre e espontânea vontade – não compulsoriamente, havia a dispensa aqui – juntando-se ao Regimento de Infantaria Aeroterrestre na cidade do Rio de Janeiro-RJ, aos conhecidos Paraquedistas do Exército Brasileiro, servindo junto a essa corporação no ano de 1966.

Casou-se com Maria Aparecida Furlani Gonçalves em 05/07/70, com quem teve duas filhas, Alexandra Gonçalves Furlani em 15/06/71, e Samantha Gonçalves Furlani em 04/01/74.

Continuou seu serviço na lavoura, teve outros afazeres na fazenda, mas os sonhos nunca foram esquecidos. As horas sempre chegam, e no momento certo, vivendo na cidade, um outro momento, outra situação, surge a oportunidade de tentar de novo.

Conheceu a asa delta e descobriu novamente uma forma de sentir-se livre como um pássaro.

A paixão por voar o fez tirar os pés do chão de todas as formas que pode: balão (ficou muito amigo do Sr. Truffi), planador, trike, ultraleve, teco-teco. Apenas nunca tirou brevê pois sabia que um problema de visão que tinha o impediria, infelizmente.

Porém esses anos em que a asa Delta “bombou” em São Pedro, foram anos de ouro. Foram vários anos conhecendo pessoas maravilhosas, interessantes, cheias de histórias, subindo e descendo serra, comendo poeira, sentindo cheiro de mato, tomando muito sol e sentindo a paz e a brisa mansa e amiga da rampa convidando-nos a pensar e aproveitar a vida.

A paixão pelos ares foi transmitida às filhas, que só mantiveram os pés no chão em obediência à mãe, que nunca lhes permitiu as aventuras do pai.

Pessoa extremamente inteligente, daquela inteligência que nasce com a pessoa, não precisa fazer escola... daqueles que, quando quer, vai lá e faz, se esforça e faz até aprender, foi mais ou menos assim com a asa delta... claro que ele teve um professor, o Chico Chiclete, com quem teve aulas em Baraqueçaba -SP, mas o resto foi na cara e na coragem.

Na época não havia muito isso no Brasil!! Que dira aqui no interior!! Não é a toa que a asa ficava exposta na praça, com as bençãos do nosso saudoso Juciê. Isso nos idos de 1976. Uma asa que só servia pra treinamento, pra “morrinhos”.

A rampa de madeira da rampa leste, onde hoje se constrói o Parque, ele construiu sozinho, com madeiras, tábuas e palanques que trouxe da fazenda onde já havia vivido, e, mais uma vez, tudo na raça! Sentava na mesa da cozinha, desenhava, media, ia lá e fazia, e estão as fotos aí pra comprovar, e graças à rampa montada, houve o campeonato, que foi organizado em 1980, com muitas pessoas vindo para São Pedro. Até um recorde de permanência da época foi conseguido aqui, pelo voador Roberto Cantusio,

Com o tempo, acabou se afastando da asa, pois a vendeu, isso era um esporte caro, e para quem tinha bastante tempo vago, e tinha-se que cuidar da vida!! Há que se ter sonhos mas há que se cuidar da vida e da família!!

Desde então fez de tudo um pouco na vida! Até uma sorveteria chegou a abrir com um grande amigo que fez, no voo!! O voo nunca deixou sua vida... ou ele nunca deixou o voo... foi sempre o Celsão Voador.

Mais recentemente, prestou concursos públicos, e seu último emprego era como escrevente judiciário em São Paulo, e depois transferiu-se aqui para São Pedro/SP. Sempre fazendo grandes amigos por onde passava.

Mas o sonho nunca se aquietava. Se alguma limitação já não lhe permitia carregar o peso da asa, já estava mais comodista, agora montava, devagar, aos poucos, um trike, que “morava” na área de casa.

O Trike estava praticamente pronto, faltando apenas a asa, mas, infelizmente, não houve tempo. Quem aventurou-se nos ares, desafiou a gravidade, não temeu a altura, foi traído pelo destino e faleceu em 09/05/2001, em consequência de complicações por um edema cerebral causado por uma queda de sua própria altura em casa, ou seja, caiu dentro de cassa, bateu a cabeça, teve um edema, e faleceu em consequência dele.

Mas enquanto viveu, viveu intensamente, viveu seu sonho, foi feliz, amou os seus, e como está grafado, de seu próprio punho, na contracapa do álbum que guarda as fotos de suas aventuras com a asa delta:

“Fiz morada nos ventos... meu silêncio conhece a alegria das alturas...” e “mais vale um dia como águia do que a vida toda como cordeiro.”

Segue em paz, alçando voos mais altos...

 

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