Atestados médicos geraram 2.378 dias de afastamento até julho na Prefeitura de São Pedro

Custo para o município com as ausências é estimado em R$ 1 milhão ao ano
A Organização Mundial da Saúde (OMS) preconiza um índice de 10% de afastamento do trabalho por motivos de doença, mas na Prefeitura de São Pedro este número, em algumas secretarias, se aproxima dos 15%. Só entre janeiro e julho 2017 foram apresentados pelos servidores 1.180 atestados que geraram 2.378 dias de afastamento. Estes números representam, em toda Prefeitura, um índice de absenteísmo – ausência do trabalho – de 12%.
A maior parte dos atestados apresentados é de funcionários da Educação. Entre janeiro e julho, foram 870 atestados, que geraram 1.762 dias de afastamento. Em seguida aparecem os funcionários da Saúde e Desenvolvimento Social, que nos sete primeiros meses do ano apresentaram 237 atestados, com 447 dias de afastamento. Na Secretaria de Obras durante o mesmo período foram 42 atestados e 97 dias de afastamento; na de Governo, 24 atestados e 57 dias de afastamento e na de Turismo, Cultura, Esportes e Lazer, 7 atestados e 15 dias de afastamento.
Os números seguem a proporção dos funcionários lotados em cada pasta. Há hoje contratados na Prefeitura de São Pedro 990 funcionários: 623 na Educação, 162 na Saúde e Desenvolvimento Social, 98 ligados à Secretaria de Governo, 88 em Obras e 19 na Secretaria de Turismo, Cutura, Esportes e Lazer.
As ausências representam também um custo extra para o município, já que, principalmente no caso da Educação, é preciso substituir o servidor que está afastado. Só nestes primeiros sete meses do ano, considerado o salário base do professor contratado por 30 horas e o valor pago para a reposição, o custo das ausências é de aproximadamente R$ 250 mil. Contabilizados os custos com os afastamentos registrados em todas as secretarias, reposições e outros relacionados, o valor se aproxima de R$ 1 milhão ao ano.
Há uma relação ainda das ausências com a eficiência do setor público, já que é preciso considerar fatores como perda de produtividade do trabalhador ausente, horas extras para outros servidores, malefícios psicológicos e físicos para os outros funcionários, diminuição da produtividade total dos funcionários e custos com a reposição dos ausentes.
Para tentar diminuir este número, os responsáveis pela área de Recursos Humanos da Prefeitura de São Pedro já se reuniram com a empresa responsável pela Medicina Ocupacional e técnico de segurança do trabalho em busca da identificação das principais causas de afastamento e adoção de medidas para diminuir estes números.
Entre as CIDs (Classificação Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde) apresentadas nos atestados estão problemas como enxaqueca, exame especial, diarreia, dor articular, dor crônica, dor lombar baixa, tendinite, torcicolo, labirintite, dores abdominais, realização de exames, contusões e acompanhamento de pessoas em exames.
Publicado em: 01/09/2017 15:44